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Novembro Azul



Dia 17 de novembro é o Dia Mundial de Combate ao Câncer de Próstata e em 2003 foi criado na Austrália um movimento que se firmou no Brasil com o nome de Novembro Azul, uma campanha que pretende estimular o homem a cuidar da sua saúde e em especial a dar atenção à prevenção e ao diagnóstico do câncer de próstata. Este é um dos cânceres mais comuns ao sexo masculino e acomete mais frequentemente homens acima de 65 anos de idade.

Dados informam que uma parte significativa dos homens não se interessam ou não se sentem à vontade para ir ao médico, ao menos não com a frequência necessária, o suficiente para manter um estilo de vida e uma entrada na maturidade saudáveis. No Brasil os homens vivem em média sete anos a menos que as mulheres. Porque isto acontece?

É inegável que a nossa cultura se desenvolveu em torno da idéia de que o homem precisa ser forte e lidar com as situações da vida de forma prática e objetiva. Para a maioria dos homens não há tempo para perder com coisas ditas sensíveis ou secundárias a um papel masculino estereotipado. É interessante frisar que pesquisas demonstram que em países cuja a desigualdade de direitos entre homens e mulheres é maior, os homens se cuidam menos, o que reforça a ideia de que quando a sociedade aceita que existe um sexo superior ao outro, muitos se prejudicam. Em especial sobre o assunto Câncer de Próstata, dois exames são realizados para diagnosticar a doença e devem ser feitos periodicamente após os 50 anos: o toque retal e o exame de sangue chamado PSA. Apesar deste último ser um procedimento altamente confiável, o exame de toque é na maioria dos casos indispensável, pois pequenos tumores podem não ser detectados pelo exame de sangue. Infelizmente existe uma dificuldade na aceitação deste procedimento por parte dos homens. Relatos mostram que este exame é evitado por não ser "coisa de homem". De que forma vocês homens se deixam influenciar por esta ideia? De que forma teus companheiros, maridos ou teus pais acreditam que isto é uma verdade? Quebrar estereótipos deve ser nosso papel, manter a ideia de que a fragilidade ou o auto-cuidado são coisas de mulher só traz sofrimento para a sociedade, pois incentiva o homem a não se cuidar!! Cabe a nós homens e mulheres re-inventar novas formas de pensar. Cabe a nós a quebra de paradigmas e o incentivo ao auto-amor independente do sexo.

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